Hori
N.1, V.1, abril 2020
Na língua Dahseyé (tukano) Hori é a miração: a percepção e a expressão visual do Caapi, que dá origem a uma série de desenhos sagrados trabalhados pelos povos em suas cerimônias e objetos quotidianos como cerâmicas, cestarias, bancos e pinturas corporais. Se houvesse uma palavra para arte na língua tukano a mais adequada seria Hori, pois ela representa essa percepção do mundo em suas cores, formas e vibrações: Hori está presente no mundo material e espiritual, no visível e invisível.
Os Hori desenhados desde tempos imemoriais em objetos tradicionais e sítios arqueológicos fazem parte do patrimônio cultural coletivo do povo Tukano. Hori é uma visão ampla de nosso universo e das histórias que revelam a essência de nosso povo Yepá Mashã, da floresta e de todos os seres que a habitam.
Os Hori desenhados desde tempos imemoriais em objetos tradicionais e sítios arqueológicos fazem parte do patrimônio cultural coletivo do povo Tukano. Hori é uma visão ampla de nosso universo e das histórias que revelam a essência de nosso povo Yepá Mashã, da floresta e de todos os seres que a habitam.
Daiara Figueroa Tukano
Daiara Hori Figueroa Sampaio – Duhigô, do povo indígena Tukano – Yé’pá Mahsã, clã Eremiri Hãusiro Parameri do Alto Rio Negro na amazônia brasileira, nascida em São Paulo. Artista, ativista, educadora e comunicadora.