O silenciamento das mulheres mantido por um longo período na história nos remete a evidenciar nele, o silêncio de nossas mulheres indígenas, nas mais diversas faces da violência, quais sejam: a sua inexistência marcada nas escritas – seja na história, poemas, poesias ou relatos – , quando narradas, por minoria e por menor, foram narradas pelas mãos e mentes eurocêntricas.
O silenciar das vozes de mulheres indígenas foram apagada pelos estupros corriqueiros; quando buscavam refúgio sob fugas, geralmente capturadas à laço. Daí a cultura do “Eu sou descendente de índio pois minha avó foi pega à laço!”, que tornou-se tão trivial nas falas de brasileiros.
Trago nessas próximas linhas, algumas mulheres indígenas entre tantas, que permeiam esse cenário trazendo à luz da Antropologia, da Educação, da Saúde, da História e demais campos de atuação, o diálogo estabelecido por elas – pesquisadoras indígenas – dando cores e vidas nas diversas sociedades indígenas no campo de saberes, no tocante à interlocução entre dois mundos, cultura e saber ancestral.