Foi em 2017, no 13º Mundo de Mulheres e 11º Fazendo Gênero, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis que nossa caminhada compartilhada se inicia. Esse caminho, é preciso dizer, já vinha sendo trilhado faz tempo, mas foi lá que chegamos em um ponto de encontro para esta nossa forma de contar nossa história. Foi um ponto de parada. De retomada de forças. De estreitamento dos laços. De fortalecimento de nossa rede. Através das lentes de Adeloyá (EXPO FagTar: O Mundo delas) compartilhamos parte de nossos passos, nossa então ainda pequena semente plantada em um mural, em nossas vozes, em nossos corpos. Ao som de Eliziane Antunes Guarani ecoava nosso ser mulher, ser mulher indígena. Performar, mostrar, mudar e se transformar com penas, com jenipapo, com voz. Com voz grita, com corpo que dança, com chocalho que desperta o que mais profundo temos em nós e revela a força que nem ao menos sabíamos que tínhamos, mas que marcha, poderosa, à frente de uma multidão. Corpos agora unidos, benzidos, transformados e suados que lutam, que curam e que clamam em uma voz: demarcação já!