Rosilene Fonseca Pereira (Rosi Waikhon*)
Rosilene Pereira é indígena do povo Waíkhana, também reconhecido como Piratapuia. Indígena brasileira, ativista, poetisa, cientista/ ex-diretora da Federação das Organizações indígenas do Rio Negro – FOIRN, ex-bolsista do International Fellowships Program – IFP da Fundação Ford no ano de 2010, é mestra em Antropologia Social – UFAM, com a dissertação intitulada “Criando Gente no Alto Rio Negro um olhar Waíkhana”, onde fez um estudo sobre conhecimentos indígenas na criação de crianças , analisando os aconselhamentos, as narrativas, e saberes acerca de temas como captura de peixes, insetos e manejo de mandioca.
É licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM, com o trabalho “Gestão Ambiental na ótica indígena: uma forma de manejo e sustentabilidade na região do médio e Alto Rio negro”, onde apresento concepções nativas sobre gestão ambiental e principais práticas atuais desenvolvidas pelos indígenas no gerenciamento de seus territórios, bem como a importância do ensino de ciências. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, e pesquisadora no Núcleo de Estudos de Populações Indígenas – NEPI.
Foi vencedora do 5º Concurso FNLJ/INBRAPI Tamoios de textos de escritores indígenas, edição de 2008, com o texto: “Kali e Taiwano no Mundo Encantado das Águas”.
Atua em defesa do Território Indígena do Alto Rio Negro (Amazonas – Brasil) por meio do desenvolvimento de atividades voluntárias comunitárias indígenas na região e apoiando na divulgação e defesa dos direitos indígenas e na luta por políticas públicas e sua implementação.
Coordena o “ Amazônia Movimento Água, Terra e Floresta”, coletivo que reúne voluntários e onde se desenvolvem atividades de revitalização do bem-viver com foco na importância da alimentação tradicional indígena, conservação e práticas milenares do manejo da floresta, formas próprias de seleção de mudas/sementes, conservação ambiental e promoção de ações de geração de renda colaborativa. Essas atividades seguem metodologias que partem da vivência indígena e resultam na realização de trilhas, campanhas, exposições, rodas de conversa e oficinas aprender-fazendo.